“Fui vítima”, “usada como objeto de prazer durante delírios e alucinações”, diz mulher de personal sobre ex-morador de rua
Sandra Mara Fernandes, esposa do personal que agrediu o ex-morador de rua Givaldo Souza, após flagrar ambos em relações sexuais dentro de um carro, se pronunciou pela primeira vez após receber alta hospitalar. Por meio das redes sociais, ela agradeceu o apoio recebido e disse que levou o caso à Justiça.
"Venho através desta postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições [...] Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS, pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO", escreveu.
Sandra, de 33 anos, queixou-se de ter sido humilhada, julgada e vítima de chacotas, sobretudo por outras mulheres.
"Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais, ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior. Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA!", desabafou.
Sandra postou o longo texto junto a uma foto dela e seu marido, o personal Eduardo Alves. É a única publicação atualmente em seu perfil no Instagram, que conta com mais de 100 mil seguidores.
Confira o relato na íntegra:
Olá me chamo SANDRA MARA FERNANDES, sou a mãe da Anna Laura e a esposa do @eduardoalvestrainer. Venho através desta postagem agradecer as pessoas que se levantaram para me defender quando eu não tinha condições.
Passei por dias muito difíceis, nunca me imaginei naquela situação. Eu me sinto profundamente dilacerada pelo ocorrido. Hoje eu tenho ciência de tudo o que foi dito enquanto eu estava internada e sendo cuidada por médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e outros profissionais.
Fui VÍTIMA de chacotas, humilhações em rede nacional. Fui taxada como uma mulher qualquer, uma mulher promíscua, uma mulher com fetiches, uma traidora. E mais ofendida ainda por ter sido atacada por outras mulheres que entenderam que eu merecia o pior.
Eu sempre soube que vivemos numa sociedade desigual, mas eu NÃO escolhi ter um SURTO, eu NÃO escolhi ter sido HUMILHADA, eu NÃO escolhi ter minha vida EXPOSTA e DEVASTADA! Então, na condição onde estive eu sei que tinha legítimo DIREITO de ser DEFENDIDA. Agradeço ao meu esposo por tudo que ele fez por mim. Ele me defendeu durante e depois do ocorrido, pois sabe que em condições normais eu jamais teria permitido passar por aquilo. Agradeço também ao meu pai, minha madrasta, meus irmãos e amigos, que me acolheram e ajudaram o Eduardo e a Anna Laura.
Sou profundamente grata aos profissionais que me ajudaram a compreender o que estava acontecendo quando eu já NÃO TINHA domínio da minha própria vida. Hoje eu busco na JUSTIÇA os meus DIREITOS, pois nunca faltei com respeito com ninguém e não merecia ter sido tratada como uma qualquer, e, principalmente, ter sido usada como OBJETO de prazer durante DELÍRIOS e ALUCINAÇÕES que confundiram minha mente e me colocaram num contexto NOJENTO e SÓRDIDO. Sigo BATALHANDO, um dia de cada vez, para retomar à minha existência e vou conseguir porque DEUS é maior e infinitamente bom!
Fonte: CM7