Vídeo: Justiça afasta servidores da Câmara de Imperatriz por suspeita de 'rachadinha' e crimes contra a administração pública; 03 vereadores estão envolvidos
Ao todo, 35 servidores públicos foram afastados após decisão judicial. Entre os investigados, estão três vereadores em exercício do município.
A Justiça do Maranhão determinou o afastamento de 35 servidores da Câmara Municipal de Imperatriz, cidade localizada a 626 km de São Luís, por suspeita de envolvimento em uma esquema de 'rachadinha', contratação de servidores fantasmas, entre outros crimes contra a administração pública.
Entre os investigados, estão três vereadores em exercício da cidade. São eles Zeziel Ribeiro (PSDB), Antônio Silva Pimentel (DEM), Manoel da Conceição Almeida, o Taxista (Avante).
Eles são suspeitos de cometer crimes durante a legislatura anterior, de 2017 a 2020. Mesmo com o afastamento, os vereadores ainda devem continuar recebendo seus salários.
De acordo com Mario Henrique Sampaio, procurador da Câmara de Vereadores de Imperatriz, a casa ainda não foi notificada sobre a decisão judicial.
"Tão logo a Câmara Municipal seja intimada da decisão, nós iremos adotar todos os procedimentos necessários para dar cumprimento a ela. Lembrando que há um preceito constitucional de que, toda medida cautelar contra um parlamentar, no âmbito municipal, estadual ou federal, deve ter sua eficácia condicionada a aprovação da casa", disse.
Os vereadores de Imperatriz estão em recesso parlamentar. Entretanto, uma plenária para votar o afastamento pode ser convocada, mas será necessária ser avisada com antecedência de 24 horas e deve conter a presença de todos os vereadores.
Na decisão, a justiça também determinou o afastamento cautelar do cargo e função pública, sem recebimento de salários, de Taiana Jamily Trajano Pereira; Ailan Milhomem Barros; Crizan Wallace Silva Moreira e Erasmo Pereira da Silva Júnior.
O inquérito foi instaurado em 2019 pelo Ministério Público do Maranhão (MP-MA) para investigar suspeitas do crime de peculato e outras práticas criminosas contra a administração pública.
Segundo o MP, há indícios da contratação de servidores que apenas recebiam os salários, mas não trabalhavam, chamados funcionários fantasmas. Além disso, também há suspeitas de rachadinhas, ou seja, a contratação de servidores para acordos políticos e divisão de salários e, nepotismo, e contratação de servidores em número maior da quantidade vagas existentes por lei.
Procurados, apenas um vereador envolvido se manifestou. Segundo Zeziel Ribeiro (PSDB), ele ainda não foi convocado para ser ouvido e diz desconhecer a decisão judicial.
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Fonte: G 1 Maranhão